Nem todos os CAs (Ciclídeos Africanos) alimentam-se da mesma forma, suas exigências nutricionais podem variar de acordo com a categoria que ocupam: predadores, onívoros e herbívoros. Para os predadores, uma alimentação variada com base em altos níveis de proteína é bastante adequada. Para os onívoros, uma alimentação que tenha por base proteínas e vegetais é muito adequada, afinal são peixes que aceitam se alimentar de tudo, vamos dizer assim. Uma boa diversidade de alimentos, ou seja, um pouco de tudo é o ideal. 

Para os herbívoros propriamente ditos, o adequado seria uma alimentação com base vegetal.

Existe ainda, vamos dizer assim, uma subcategoria dentro da categoria dos herbívoros. Esta é composta de herbívoros que se alimentam principalmente de vegetais. Principalmente de vegetais quer dizer que, como complementação de sua dieta, podemos fornecer comidas que possam conter altas quantidades de proteína animal. Como por exemplo os booldworms, microworms, tubifex, dáfnias... Contudo, vale lembrar que tal alimentação deve ser oferecida esporadicamente, somente como complemento. A base é uma alimentação vegetal.    

Para CAs propriamente herbívoros, oferecer alimentação com altas quantidades de proteína animal não é recomendado. Nem como complemento. Para os CAs herbívoros propriamente ditos, rações seguras são as que têm, predominantemente, base vegetal. Spirulina é um bom exemplo...

E por que tudo isto? O que uma alimentação inadequada pode causar?

CAs têm o trato digestivo muito sensível. Facilmente nele poderão adquirir enfermidades devido à decomposição de alimentos inadequados, através da digestão e da excreção. Além do que foi dito, outras observações podem ser dadas para se evitar uma alimentação inadequada aos CAs.

Não oferecer grandes quantidades. O oferecimento em grande quantidade vai estufar o peixe, podendo provocar irritação estomacal e até explosão do mesmo... E isto com certeza não é legal! Imaginemos que comêssemos sem parar até o nosso limite ou um pouco mais além dele... O que aconteceria? Com certeza não iríamos nos sentir bem, poderíamos ter azia, vomitarmos e até mesmo ter complicações mais graves... Assim, pequenas quantidades devem ser oferecidas várias vezes ao dia.    

Para alimentar os CAs com comida congelada, primeiro a descongele totalmente e depois a separe em pedaços pequenos. Pedaços muito grandes, que possam empanturrá-los, prejudicando seu aparelho digestivo sensível, não são bem vindos. Não esquecendo de oferecer pouca quantidade mais vezes ao dia.    

Para darmos rações em forma de bolinhas aos CAs, algumas precauções devem ser tomadas. Tais rações tendem a inchar quando expostas a líquidos. Assim, se os CAs as comerem antes de totalmente infladas, elas com certeza começarão a inchar no próprio aparelho digestivo deles, e como comentei anteriormente, por eles terem o trato digestivo bastante sensível, o segredo é não empanturrá-los e fornecer uma alimentação correspondente às suas necessidades... Desta forma, distensões, irritações, e até casos mais graves, como rompimento de alguns órgãos, poderão ser evitados. Para utilizarmos rações em bolinhas, primeiro é necessário que as deixemos inchar totalmente em um outro lugar, para somente depois dá-las a nossos CAs.    

Observação: Para inflar tais rações, utilize água tratada. Ou seja, com um vasilhame pequeno, retire um pouco de água do aquário e coloque as bolinhas para inchar. Só depois de totalmente inchadas ofereça a seus CAs.    

Flocos é o alimento ideal, pois promovem digestão rápida e, desde que dados em poucas quantidades por vez, não estufam ou fartam o peixe.    

Agora você deve estar se perguntando: "Qual a melhor dieta para meus Ciclídeos Africanos?" Para isso, segue abaixo uma lista dos principais gêneros e suas dietas.


1) Quanto ao Lago Victoria, serão citados 3 gêneros que, ao meu ver, são os mais conhecidos :

  • Haplochromis: herbívoros principalmente, mas que aceitam complementações com base em altos níveis de proteína animal.
  • Nyererei: predadores
  • Astatotilapia: onívoros


2) Quanto ao Lago Malawi, primeiramente as espécies serão divididas em Mbunas e Não Mbunas:

Dentre os Não-Mbunas, vou citar os seguintes gêneros que, a meu ver, são os mais conhecidos:

  • Aulonocaras: predadores
  • Copadichromis: predadores
  • Cyrtocara: predadores
  • Dimidiochromis: predadores
  • Nimbochromis: predadores
  • Otopharynx: predadores
  • Aristochromis: predadores
  • Bucchochromis: predadores
  • Champsochromis: predadores
  • Chilotilapia: onívoros
  • Copadichromis: predadores
  • Cytocara: predadores
  • Dimidiochromis: predadores
  • Exochochromis: predadores
  • Fossorochromis: predadores
  • Maravichomis: predadores
  • Nimbochromis: predadores
  • Nyassachromis: predadores
  • Otopharynx: predadores
  • Placidochromis: predadores
  • Protomelas: predadores
  • Sciaenochromis: predadores
  • Taeniochromis: predadores
  • Tyrannochromis: predadores


Dentre os Mbunas:

  • Cyahtochromis: herbívoros totalmente
  • Cynotilapia: onívoros
  • Genyochromis: predadores
  • Gephyrochromis: herbívoros totalmente
  • Iodotropheus: onívoros
  • Labeotropheus: herbívoros totalmente
  • Labidochromis: herbívoros principalmente, mas que aceitam complementações com base em altos níveis de proteína animal.
  • Maylandia: herbívoros totalmente.
  • Melanochromis: herbívoros principalmente mais aceitam complementações com base em altos níveis de proteína animal.
  • Metraclima: onívoros
  • Petrotilapia: herbívoros totalmente
  • Pesudotropheus: herbívoros totalmente



3) Quanto ao Lago Tanganyika:

  • Altolamprologus: onívoros
  • Aulonocranus: onívoros
  • Asprotilapia: onívoros
  • Astatotilapia: onívoros
  • Baileychromis: onívoros
  • Benthochromis: onívoros
  • Boulengerochromis: onívoros
  • Callochromis: onívoros
  • Cardiopharynx: onívoros
  • Ctenochromis: onívoros
  • Cunningtonia: onívoros
  • Cyathopharynx: herbívoros somente
  • Chalinochromis: onívoros
  • Cyphotilapia: onívoros
  • Cyprichromis: onívoros
  • Xenotilapia: onívoros
  • Eretmodus: herbívoros principalmente, mais aceitam complementações com base em altas níveis de proteína animal.
  • Ectodus: onívoros
  • Enantiopus: onívoros
  • Greenwoodochromis: onívoros
  • Gnathochromis: onívoros
  • Julidochromis: onívoros
  • Lamprologus: onívoros
  • Lepidiolamprologus: onívoros
  • Limnochromis: onívoros
  • Limnotilapia: onívoros
  • Microdontochromis: onívoros
  • Neolamprologus: onívoros
  • Ophthalmotilapia: onívoros
  • Oreochromis: onívoros
  • Paracyprichromis: onívoros
  • Perissodus: onívoros
  • Petrochromis: onívoros
  • Pseudosimochromis: onívoros
  • Reganochromis: onívoros
  • Simochromis: onívoros
  • Tangachromis: onívoros
  • Tanganicodus: onívoros
  • Telmatochromis: onívoros
  • Trematochromis: onívoros
  • Triglachromis: onívoros
  • Tropheus: estritamente herbívoro
  • Tylochromis: onívoros
  • Variabilichromis: onívoros
  • Xenochromis: onívoros
  • Xenotilapia: onívoros

 


4) Outros Ciclídeos Africanos:

  • Pelvicachromis ( gênero este do qual o Kribensis faz parte): onívoros

Olá pessoal,

Um ingrediente interessante a ser sugerido como possível integrante de nossas receitas caseiras, oferecidas aos Ciclídeos Africanos, viria a ser o alho; abaixo, inseri breves comentários em sentido exemplificativo do porquê...

DESCRIÇÃO:

O “Allium sattivum”, como nomeado é cientificamente, corresponde a uma planta da família das Liliáceas, pertencente ao mesmo grupo botânico do alho-poró, da cebola e da cebolinha; cresce cerca de 20 a 80 centímetros de altura; é possuidor de flores avermelhadas ou esbranquiçadas, cuja raiz apresenta um bulbo, sendo esse composto por bulbilhos, gomos ou “dentes”.

A família Cichlidae sempre despertou um grande fascínio no mundo do aquariofilismo, talvez pelo comportamento peculiar ou então pelo colorido exuberante de seus membros, dentre eles, ao longo dos anos, os ciclídeos originários dos lagos africanos se tornaram alvos da admiração e dedidação de aquaristas de todo o mundo, sendo os peixes que mais se aproximam dos coloridos peixes marinhos, mas manter um aquário de Ciclídeos africanos, requer certas atenções especiais, que não são observadas em outros tipos de aquários, então vamos saber o que é necessário para se obter sucesso na manutenção desses famosos peixes, da maneira mais simplificada possível. 

QUANTO AO PH E ÀS DUREZAS:

Para um aquário composto por habitantes do Lago Tanganyika, devemos manter o pH aproximado entre 8,5 a 9,2. Quanto à dureza total, ela deverá variar entre 11 a 17 dH, e a dureza em carbonatos, entre 16 a 19 dH.    

Para montarmos um aquário com habitantes do Lago Malawi: Quanto à composição química da água com relação ao pH, deveremos ter uma variação entre 7,5 a 8,5. Quanto à dureza total da água, esta poderá encontrar-se entre 4 a 6 dH. Enquanto que dureza em carbonatos poderá encontrar-se por volta de 6 a 8 dH.    

Para quem quiser montar um aquário com os habitantes do Lago Victoria, o pH da água deverá encontrar-se, em média, entre 7,5 a 8,5. Sua dureza em carbonatos deverá variar entre 2 a 8 dH, enquanto que sua dureza total poderá variar entre 4 a 6 dH.

Contudo, uma observação é válida: a maioria dos Ciclídeos Africanos é bastante flexível com relação as suas preferências quanto às Durezas da água, especialmente se foram criados em cativeiros. Todavia, dificuldades poderão ocorrer quanto à procriação de algumas espécies se os padrões de Durezas não corresponderem aos presentes em seus habitats naturais.    

Outra observação pode ser feita. Embora não sejam rigorosos os critérios quanto às Durezas, também é sabido que se estas forem mais ou menos seguidas, proporcionarão às espécies cores mais vivas e brilhantes, maior expectativa de vida, maior resistência a doenças e um desenvolvimento em geral mais adequado.


QUANTO À ALCALINIZAÇÃO E AO ENDURECIMENTO DA ÁGUA:

Para alcalinizar e endurecer a água do aquário, deixando-a própria aos Ciclídeos Africanos, você poderá optar por:

a) utilizar um substrato que proporcione a alcalinização da água;
b) utilizar rochas que proporcionem a alcalinização da água;
c) utilizar produtos químicos.

Aqui vale uma observação: o aquarista poderá utilizar apenas 1 desses 3 artifícios, 2 desses 3 artifícios ou mesmo os 3 artifícios ao mesmo tempo. Não haverá problema algum nessas mesclas. O que deverá ser levado em conta é a qualidade da água ideal para constituirmos um habitat saudável para nossos Ciclídeos Africanos.

QUANTO AO SUBSTRATO:

Quanto ao substrato, o aquarista poderá optar por dois tipos:

a) os neutros, ou seja, que não alcalinizarão a água.
Estes poderão ser: - Areia de piscina
- Pedras de rio em forma de substrato, com qualquer tipo de granulometria.

Obs.: Se os seus Ciclídeos Africanos apreciarem mexer ou cavar muito no substrato, e você se incomodar com isto, o melhor será optar por um substrato mais graúdo, pois só assim a decoração tenderá a ficar no lugar.

b) os que especificamente alcalinizam e endurecem a água. Entre as inúmeras variedades que existem, pode-se citar algumas mais comuns: - African Cichlid Mix: substrato específico para Ciclídeos Africanos que alcaliniza e endurece a água;
- Halimeda (esqueleto calcáreo de algas marinhas): alcaliniza e endurece a água;
- Aragonita (mineral composto em sua fórmula por Carbonato de cálcio) em granulometria ideal para compor substratos: alcaliniza e endurece a água;
- Dolomita (mineral composto em sua fórmula por Carbonato de cálcio e Carbonato de magnésio) em granulometria ideal para compor substratos: alcaliniza e endurece a água, porém com o tempo perderá estas suas propriedades. Devendo ser assim, substituída por um novo substrato dolomita.
- Conchas (invólucro duro e calcáreo de certos animais, principalmente moluscos) pequenas ou moídas: alcalinizam e endurecem a água, porém com o tempo perderão estas suas propriedades. Devendo ser assim, substituídas por um novo substrato de conchas.

E QUANTO À QUANTIDADE DE SUBSTRATO: este poderá alcançar no aquário, em média, uns 5 a 7 cm de altura.

QUANTO À DECORAÇÃO:

É importante que os aquários montados para abrigar as espécies de Ciclídeos Africanos, contenham rochas. E por que isto? Porque em seu habitat natural, os Ciclídeos Africanos habitam áreas com um relevo montanhoso e rochoso. Portanto, paredões, aglomerados, ou tudo nesse sentido que sua imaginação puder construir, serão muito bem-vindos e apreciados por estas espécies. E quais os tipos de rochas adequadas? Citemos alguns exemplos, mas as variedades são muitas:

  • Seixos de rio, que proporcionam um pH neutro;
  • Pedras calcáreas em geral, que alcalinizarão e endurecerão a água.

E por que tais pedras têm estas propriedades? Porque são constituídas de Carbonato de cálcio e/ou de Carbonato de magnésio, sob a forma de Calcita, Aragonita ou Dolomita.    

Citemos alguns exemplos mais comuns destas pedras: a própria pedra Dolomita, a própria pedra Aragonita, o Mármore, o Alabastro, a Marga, etc.

Uma dica: Para que as rochas, posteriormente, não desmontem dos aglomerados que viermos a construir com elas, poderemos colá-las, umas às outras, com silicone próprio para o uso em aquários. Assim, pouparemos trabalho nosso na construção de tais tocas novamente, evitaremos quaisquer rachaduras nos vidros que os seus desmoronamentos poderão vir a causar, bem como possíveis ferimentos nos peixes.

Além das inúmeras variedades, confeccionadas para todos os gostos, de decorações neutras normalmente utilizadas em aquários de água doce comuns, e que também poderão fazer parte da decoração de aquários para Ciclídeos Africanos, existem aquelas que poderão ser utilizadas, além da finalidade de embelezamento do aquário, com o intuito de proporcionar alcalinização e endurecimento de sua água. Podemos citar como exemplos: objetos para aquários que contenham Halimeda, objetos para aquários em cimento (pois o cimento corresponde a um pó que é obtido com a trituração de calcáreos), conchas, etc. Corais mortos poderão também fazer parte de nossa decoração.

QUANTO À ALCALINIZAÇÃO E ENDURECIMENTO POR MEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS:

Para alcalinizarmos a água:
a) Poderemos utilizar produtos especializados no mercado para isto, denominados de alcalinizantes;
b) Ou, além desta primeira opção, poderíamos utilizar Carbonato de sódio ou Bicarbonato de sódio (que é obtido a partir da reação de Gás carbônico com Carbonato de sódio).

Para aumentarmos a dureza total:

a) Poderemos utilizar sais específicos para Ciclídeos Africanos;
b) Ou poderemos aumentar a dureza em carbonatos e/ou a dureza em não carbonatos da água. Pois ambas, juntamente, compõem a chamada dureza total.

E para aumentar a dureza em não carbonatos: poderemos utilizar Sulfato de cálcio e/ou Sulfato de magnésio.

E para aumentar a dureza em carbonatos:

a) Poderemos utilizar Carbonato de cálcio (ou Bicarbonato de cálcio) e Carbonato de magnésio (ou Bicarbonato de Magnésio).
b) Ou, preferindo, poderemos utilizar algum produto tamponador industrializado, à venda no mercado de aquarismo.


Obs.: Um mesmo valor na escala de Dureza total poderá ser alcançado através de mais de uma combinação, quanto à quantidade, desses sais de Sulfatos e Carbonatos na água.

A dosagem para aplicação desses sais não é certa. Portanto, aplique-os aos poucos e vá medindo as alterações até que estas alcancem a escala desejada. Por precaução, não realize mais do que uma alteração por dia.

QUANTO À FILTRAGEM:

O sistema de filtragem ficará ao gosto do aquarista. Contudo, o ideal é a utilização de uma filtragem que rode 5 a 7 vezes por hora o volume total do aquário.    

Uma observação: a qualidade da água é muito importante, melhor dizendo: é ESSENCIAL. Pois é dela que o animal dependerá 24 horas por dia, 360 dias por ano, para sua sobrevivência, adequado desenvolvimento e manutenção. Portanto, para que a qualidade da água estabeleça-se e um ecossistema saudável possa ser mantido, entre outros fatores, necessária será uma boa filtragem.

QUANTO À MANUTENÇÃO:

Manter um aquário com Ciclídeos Africanos não exigirá do aquarista maior trabalho ou mais "dificuldades" do que a manutenção de um aquário “normal”. E quando se fala isto, quer-se dizer:

a) que trocas, exatamente como são feitas em outros tipos de aquários, deverão ocorrer semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, e nas proporções correspondentes à vontade e ao gosto do aquarista, ou em relação à necessidade particular que cada aquário contém;
b) que a água para reposição deverá ser desclorada ou condicionada (com um produto que retire o cloro, cloramina e qualquer metal pesado que a água venha a possuir) e devidamente equilibrada, conforme os parâmetros do aquário, quanto ao pH e às durezas;
c) que a limpeza dos vidros, pedras ou objetos, para fins estéticos, deverá ser realizada toda vez que, ali, houver algum aparecimento de algas.

Por falar em algas, vale à pena comentar: é “lenda” dizermos que aquários onde são mantidos Ciclídeos Africanos, propiciam o surgimento das mesmas. O surgimento de algas nada tem haver com o tipo de peixe criado num aquário, e sim com excessos de exposições à luz, solar ou artificial, deficiências de uma forma geral com relação à conservação ou manutenção do aquário, excessos na alimentação das espécies, ou mesmo com relação à quantidade de peixes no aquário mantida. QUANTO À ILUMINAÇÃO:    

Necessária não será uma iluminação durante longos períodos, bastando 2 a 3 horas de incidência de luz nos aquários de Ciclídeos Africanos. Pois em seus habitats naturais, a média de incidência de luz solar direta corresponde a esta mesma quantidade supra-referida.     A quantidade de Watts a ser utilizada pode ser pouca. A regra geral de mais ou menos 1 Watt por litro não é necessária, contudo, se o aquarista assim desejar, poderá ser utilizada. O critério com relação à quantidade de luz ficará mais ao gosto do próprio aquarista.    

O tipo e a tonalidade das lâmpadas poderão ser quaisquer, ficando também ao gosto particular esta escolha.    

O aquarista também poderá utilizar, ao invés de lâmpadas, a iluminação natural, ou seja, poderá deixar o aquário em um local iluminado. A partir daí, quando for dia o aquário terá claridade e quando for noite, não.

QUANTO À TEMPERATURA:

  • Para um aquário com habitantes do Lago Malawi, a temperatura deverá em média estar entre 23 a 28° C.
  • Para um aquário com habitantes do Lago Tanganyika, a temperatura deverá variar em média entre 23 a 27° C.
  • Para um aquário composto por habitantes do Lago Victoria, a temperatura poderá variar entre 23 a 28° C.

QUANTO À UTILIZAÇÃO DE PLANTAS:

Quaisquer plantas poderão ser utilizadas num aquário que comporte Ciclídeos Africanos, desde que consigam resistir aos níveis de pH e durezas específicos a esta Família.    

Também a flora necessitará ser resistente, pois muitos Ciclídeos Africanos adoram cavoucar, mexer ou mesmo empilhar o substrato. Portanto, para que as plantas não sejam totais e periodicamente desenterradas e, por conseqüência, danificadas, algumas medidas poderão vir a ser tomadas, como por exemplo, *a colocação, ao redor de onde estas plantas forem enterradas, de um substrato que possua uma granulometria graúda. Este evitará que os Ciclídeos Africanos tenham força para ali remexer.    

Outra, porque algumas espécies possuem hábitos herbívoros, as plantas poderão ser facilmente beliscadas ou comidas. Portanto, tais espécies não deverão ser adquiridas se for desejo do aquarista manter algum tipo de plantas no aquário.

ESCLARECIMENTOS FINAIS:

As espécies de Ciclídeos Africanos, de uma forma geral, caracterizam-se pela resistência. Portanto, desde que mantidas em aquários adequados, desde que devidamente alimentadas e desde que o aquário receba as corretas manutenções, dificilmente adquirirão doenças.     Ciclídeos Africanos estão acostumados a águas movimentadas, portanto, quanto a isto não haverá "problemas" na hora da utilização de aeradores. Claro, sem exageros!!!


BOM, ACHO QUE AGORA SÓ FALTAM OS PEIXES!

 

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Este texto tem por objetivo oferecer algum tipo de conhecimento sobre o habitat natural dos ciclídeos africanos. 

Vou começar esse texto com uma questão: - Você já se perguntou por que alguns ciclídeos africanos possuem aquelas "bolas" coloridas desenhadas em sua nadadeira anal?

Egg spots (Marcas de ovo)Será que elas estão lá somente para deixar os peixes, que normalmente já são bem coloridos e atraentes para os aquaristas, ainda mais irresistíveis para nós? A resposta é não! Essas marcas, também conhecidas como Egg spots e que até lembram "tatuagens" nos peixes, tem um propósito muito maior, que não deixa de ser a atração, porém vai muito além de se obter a contemplação de nós, seres humanos.

Marcas em formatos circulares estão presentes em espécies de diversas partes do mundo, entre os ciclídeos sul-americanos, a mais famosa talvez seja a da cauda do Oscar (Astronotus ocellatus). Acredita-se que aquela mancha redonda que o peixe possui, também chamada de ocelo, é uma forma de confundir predadores, assim como muitos insetos fazem. Os predadores possuem o instinto de atacar sempre a cabeça da sua presa, diminuindo assim as chances de fuga. Ao se deparar com uma presa que possui essa marca redonda na cauda, ele tende a ficar confuso, acreditar que aquilo é um olho e consequentemente o lado que ele deve atacar. Ao escolher o lado errado, a presa pode perder um pedaço da nadadeira, que normalmente se regenera mais tarde, e bater em retirada! Esse mesmo artifício é utilizado pelo seu "primo", o Tucunaré (Cichla ssp.).

Bom, mas não estamos aqui para falar disso, vamos voltar aos Egg spots e ao continente africano. 

Ciclídeo africano com egg spotsOs Egg spots ou "Marcas de ovo" não servem para escapar de predadores, pelo menos essa sua utilização não foi observada até hoje, apesar de que até poderiam servir. Ao contrário disso, eles possuem uma função fundamental para o sucesso reprodutivo de algumas espécies de peixes dos grandes lagos africanos!

O primeiro item a se considerar quando falamos de egg spot, é que eles estão presentes predominantemente nos machos, fêmeas de ciclídeos africanos não costumam possuir essa característica, porém em populações onde só há fêmeas, o peixe dominante pode cortejar outras fêmeas como se fosse um macho e nesse caso até chegar a desenvolver osegg spot. Mesmo na presença de machos dominantes algumas fêmeas alfas podem apresentar essa marca, talvez como forma de tirar o foco das demais fêmeas sobre o macho alfa. A cor dos egg spot varia entre o amarelo e um tom avermelhado, justamente a cor dos ovos desses peixes. Até aí, você já devia imaginar, já que a tradução do termo em inglês "egg spot" para o português é justamente "Marca de ovo", porém por que o macho teria uma "tatuagem de ovos" em sua nadadeira anal? Seria uma homenagem à sua prole, como muitos seres humanos fazem ao tatuar o nome ou até a foto de "suas crias" em seu corpo?

A resposta é bastante interessante e pouca gente deve ter pensado nisso!

Essas espécies de peixes também são conhecidas como "Mouthbreeders" ou "Criadores de Boca", isso significa que eles criam seus filhotes dentro da própria boca, desde quando ainda estão dentro dos ovos, até os primeiros dias após a eclosão. Nem todos os "Mouthbreeders" possuem os "egg spots", o Aruanã (Osteoglossum bicirrhosum) é uma prova disso, porém todos os peixes que os possuem são "Mouthbreeders".

Assim que saem dos ovos, os filhotes dessas espécies permanecem dentro da boca da mãe, que toma todo o cuidado para não devorá-los acidentalmente. Aos poucos os pequenos começam a se aventurar do lado de fora, em curtos passeios e retornando imediatamente a qualquer sinal de perigo, quando sua mãe institivamente os "abocanha". Sabendo que as fêmeas possuem esse instinto, a natureza foi muito sábia e achou uma forma de aumentar a taxa de sucesso na reprodução dessas espécies.

Agora vem a parte mais interessante!

Ciclídeo africano com egg spotsVamos voltar um momento antes da eclosão dos ovos, quando as fêmeas ainda estão na fase da desova. Após elas desovarem, imediatamente guardam os ovos na boca, mesmo que não estejam fertilizados, o macho, se aproveitando desse comportamento, exibe sua nadadeira anal para ela, aquela que possui a "tatuagem" dos egg spots. Seguindo seu instinto, a fêmea tende a abocanhar as marcas como se fossem seus ovos, ovos que supostamente ela deixou escapar. Nesse momento, o macho libera os espermatozóides e ela acaba engolindo uma boa porção deles. Espermatozóides com ovos, nós já sabemos o que acontece. Os ovos são fertilizados dentro da boca da fêmea, com uma taxa bem maior de sucesso, já que o espaço onde tanto eles como os espermatozóides ficam é reduzido, diminuindo radicalmente a chance de dispersão. Ovos fecundados, aí é só aguardar o desenvolvimento e o posterior nascimento dos filhotes!

Por essa eu acredito que você não esperava, certo? Mais observações interessantes podem ser feitas sobre os egg spots. Se engana quem pensa que peixes não possuem gosto pessoal! Em algumas espécies a presença de vários egg spots na nadadeira anal do macho é mais apreciada pela fêmea e eles se tornam os "garanhões do pedaço", enquanto os que possuem um número menor de marcas, acabam tendo que se contentar com o que sobrar. Já em outras espécies, as fêmeas parecem preferir machos com um único e grande egg spot, nessas espécies, são machos assim que se dão bem! Há ainda um terceiro grupo de espécies onde a predileção das fêmeas varia de individuo para indivíduo, não sendo uma regra da espécie elas se sentirem mais atraídas por machos com muitos ou uma única marca!

Incrível como a natureza pode nos surpreender, não? Só um lembrete, antes de correr no tatuador para fazer a sua tatuagem, vale pesquisar primeiro qual é a predileção das fêmeas do seu bairro!

Dos peixes ornamentais existentes, existe um grupo que se destaca dos demais, seja pelas cores magníficas, pela padronagem de seus corpos, pelo seu curioso comportamento ou simplesmente pela sua originalidade: os Ciclídeos Africanos.

Ciclídeos Africanos são peixes da família Cichlidae, encontrados nos três grandes lagos africanos do Vale do Rift: Lago Malawi, Lago Tanganyika e Lago Victória. São caracterizados basicamente pela agressividade e pelo territorialismo, bem como pela inteligência e rusticidade. São lembrados por muitos pelas condições que vivem na natureza: pH muito alto, água bem dura, muitas rochas e conchas bem como poucas ou nenhuma planta. Outra curiosidade que chama muito a atenção é que a maioria dos peixes provenientes dos três grandes lagos são endêmicos, ou seja só existem ali, naquela região, e em nenhum outro lugar na face da Terra. E é também por isso que muitos estão correndo sérios riscos de extinção devido a poluição de seu habitat.

São peixes em sua maioria fáceis de se reproduzir e de muita personalidade, mas existem critérios que devem ser observados, principalmente por aquaristas iniciantes. Isso se deve as condições especiais em que deve ser mantido o aquário para servir adequadamente de moradia para os peixes.

Primeiramente devemos levar em conta que as espécies provenientes dos três lagos possuem necessidades distintas uma das outras, portanto o aquário a ser montado deve respeitar tais exigências:

Lago Malawi: É o nono maior lago de água doce do mundo. O aquário que habitar as espécies desse lago deverá ter alguns pontos observados: Seu pH característico varia de 7,5 até 8,5, dependendo da região do lago. Sua dureza fica em torno de 4 à 8° dH. A temperatura é predominantemente tropical, em torno de 25 até 30°C. Os peixes que habitam esse lagos se dividem em dois grupos: os M-Bunas e os Não M-Bunas (Haplochromideos). Já os Haplochromideos se subdividem em mais outros dois grupos: os Aulonocaras (Peacocks) e os Haps. Exemplos:

- M-Bunas: Cynotilapia, Gephyrochromis, Iodotropheus, Labeotropheus, Labidochromis, Melanochromis, Metriaclima, Petrotilapia, Pseudotropheus e Tropheos (não são os mesmos Tropheus do Lago Tanganyika). A espécie Pseudotropheus acei é a única desse lago que prefere águas abertas (aquário com poucas rochas).

O aquário deve obrigatoriamente ter muitas rochas, formando túneis e esconderijos. Pois são peixes provenientes de zonas rochosas, além de muito territorialistas. O ideal é ter 2/3 tocas por peixe.

Melanochromis auratus

Melanochromis auratus, um M-Buna endêmico do Lago Malawi.

- Não M-Bunas: Aristochromis, Aulonocara, Buccochromis, Caprichromis, Champsochromis, Chilotilapia, Copadichromis, Cyrtocara, Dimidiochromis, Exochochromi, Fossorochromis, Lethrinops auritus, Lichnochromis, Mylochromis, Nimbochromis, Otopharynx, Placidochromis, Protomelas, Rhamphochromis, Sciaenochromis, Serranochromis, Stigmatochromis, Taeniolethrinops , Tramitichromis, Trematocranus e Tyrannochromis.

O aquário deve ter apenas algumas rochas e tocas para demarcação de território e para proteção em caso de disputas ou perseguições. Isso se deve a esses peixes preferirem águas mais abertas (ele habitam o meio do lago, onde existe muito espaço livre para nadar e poucas rochas).

Nos dois casos a água deve ser bem limpa, transparente e oxigenada. A água deve ter alguma movimentação (turbulência média). A iluminação deve ser média à alta. O pH maior que 7,8 e menor que 8,2. A dureza deve ser média, 5 à 7° dH. A alimentação deve receber atenção especial: são peixes onívoros mas que devem receber uma porção maior de alimentos de origem vegetal. Alguma proteína animal é importante, mas não em demasia. O excesso de alimentos de origem animal pode causar uma doença chamada de Malawi Bloat (fatal e silenciosa).

Fossorochromis rostratus

O Fossorochromis rostratus, um Não M-Buna endêmico do lago Malawi.



Lago Tanganyika: é o rio lago de água doce mais comprido do mundo. O aquário para as espécies desse lago deve observar os seguintes parâmetros: seus pH chega a extremos, de 8,5 até 9,2. Sua dureza atinge em média de 11 à 19° dH. A temperatura predominante é um pouco mais amena, de 23 até 28°C. Os peixes que habitam esses lagos são, de forma muito resumida:

Cyprichromis, Cyathopharynx, Ophthalmotilapia, Eretmodus, Neolamprologus, Cyphotilapia, Julidochromis e Tropheus.

O aquário deve conter uma quantidade razoável de rochas formando tocas assim como um bom espaço livre, isso varia de acordo com as necessidades das espécies deste lago (são bem distintas).


A água deve ser limpa e oxigenada, razoavelmente movimentada, com pouca iluminação (não é essencial par os peixes desses lagos): umas 6 horas são suficientes. Se optar por mais tempo, use lâmpadas de mais fracas do que o esperado. O pH deve ser maior que 8,5 e menor que 9,2. A dureza deve ser alta, algo em torno de 9 ou 10° dH. A alimentação deve ser estudada a parte, espécie por espécie, pois existem nesse lago espécies exclusivamente herbívoras, onívoras e carnívoras, não sendo possível estabelecer então um único padrão.

Neolamprologus leleupi

Neolamprologus leleupi, o Ciclídeo Limão. Uma espécie endêmica do Lago Tanganyika.



Lago Victoria: é o maior lago africano. Para um aquário que hospede peixes desse lago, devem ser observadas alguns aspectos importantes: pH mais ameno, variando de 7,4 até 8,2. Água mais macia, de 2 até 8° dH. A temperatura predominante é a mais fria dos lagos, de 21 até 26°C. Os peixes que habitam esse lago são:

Haplochromis latifasciatus, Paralabidochromis sp, Pundamilia nyererei e demais Haplochromis.

O aquário deve possuir algumas rochas que formem tocas, mas não na mesma quantidade indicada nos lagos anteriores. Esse lago hospeda os ciclídeos mais pacíficos desse grupo, muito inclusive sãoc riados em aquários comunitários comuns, como o Kribensis.

O aquário deve ter água limpa e bem oxigenada. O pH dependendo da espécie deve ficar entre 7,5 até 8,0. A dureza branda, de 2 até 6° dH. A temperatura mais amena que varia de 22 até 25°C. A alimentação desses peixes é basicamente onívora, na mesma proporção de fibras e proteínas.

Haplochromis obliquidens

Haplochromis obliquidens, um ciclídeo endêmico do Lago Victoria.

 

Aspectos comuns a todas as espécies acima é o fato de serem agressivas ou ao menos, territoriais. Também compartilham o gosto por águas mais básicas e bem oxigenadas. Um aquário livre de compostos nitrogenados é imprescindível, tendo em vista que a amônia é potencialmente mais tóxica em águas alcalinas do que em ácidas. E por serem assim devem habitar aquários médios a grandes. Para espécies que alcançam até 5 cm e não muito agressivas, um aquário a partir de 80 é suficiente. Para espécies que atingem até 15 cm um aquário a partir de 200 litros e par espécies maiores que 15 cm, aquários a partir de 350 litros.

Sobre plantas, muitos não usam ou então preferem as artificiais, mas é possível manter com certos cuidados plantas naturais nos aquários de Ciclídeos Africanos. O maior problema é que eles vão (ou pelo menos tentar) comê-las ou desenterrá-las, por isso devem ser resistentes e vigorosas. Abaixo algumas opções:

Anubias barteri ''coffeefolia'', Anubias barteri var. barteri, Anubias barteri var. nana, Bacopa monnieri, Ceratophyllum demersum 'Foxtail', Egeria densa, Lilaeopsis mauritiana, Vallisneria americana (natans), Vallisneria americana ''mini twister'' , Vallisneria caulescens - Vallisneria nana, Vallisneria spiralis 'Tiger', Crinum thaianum, Microsorum pteropus 'Narrow', Microsorum pteropus 'Philippine', Lemna minor.

Sempre que possível utilizar espécies que sejam amarradas e não plantadas (Ex.: Microssorum), para evitar problemas com os peixes fuçadores, que tentarão inevitavelmente desenterrá-las, se fossem plantadas dessa maneira (Ex.: Egeria).

É necessário evitar a mistura de peixes dos diferentes lagos, devido às exigências distintas e devido a alimentação. Se você possuir espécies unicamente herbívoras com outras onívoras, como fará para alimentá-los sem misturar as rações? Se o peixe herbívoro comer ração para onívoro e vice-versa, é dor de cabeça garantida...

O sistema de filtragem é fundamental nessas montagens e corresponde ao "coração" do aquário. Ele deve ter a capacidade de processar todos os dejetos produzidos pelos peixes, que no caso de Ciclídeos Africanos, são produzidos em quantidade e volume bem maiores, pois são peixes sujões. O ideal no caso de filtros externos Hang-On é uma vazão de 6 até 12x o volume do aquário por hora. No caso de Canisters (mais indicados), uma vazão de 3 até 5x é o suficiente. Garanta que além de filtrar, o filtro movimente a água, para gerar um pequena correnteza e também para oxigená-la. O importante é manter todos os níveis de amônia, nitrito e nitratos zerados.

Nessas montagens TPAs são muito importantes, tanto para a saúde do peixe como para seu crescimento. Trocas Parciais de Água uma vez por semana, com um volume de 25 à 35% é o suficiente. Lembrem-se: em aquários com água renovada regularmente os peixes ficam mais saudáveis e crescem mais rápido.

A temperatura é uma questão fácil de se resolver, basta um termostato comum mais um aquecedor adequado (ou só termostato se já vier com aquecedor embutido). Igual aos outros aquários tradicionais.

Iluminação pode variar como dito anteriormente. Pode ser baixa como alta, depende dos peixes que você criar. Se optar pelos que tem tendência herbívora, uma boa iluminação se faz necessária, pois estimula o crescimento de algas verdes, que fazem parte de sua dieta natural.

O substrato deve ser fino como areia, pois os peixes gostam de escavar. Logo para que não se machuquem ou engasgarem a granulometria não deve passar do N° 0 (sugar size). Pode ser areia comum de construção, de praia, de filtro de piscina. Podem ser também além de decorativas, tamponadoras: dolomita, calcita, aragonita, etc.

Use preferencialmente Aragonita ou Calcita, pois demoram muitos anos para perderem sus capacidade de aumentar o pH e mantê-lo no nível sem alterações. Devido a isso são mais caras. Já a Dolomita é bem mais barata mas perde o efeito alcalinizante em pouco tempo, devendo ser então trocada, o mesmo se aplica para conchas moídas.

As rochas usadas podem ser neutras como a maioria dos basaltos ou serem também alcalinizantes. O importante é que estejam bem firmes, podendo inclusive serem coladas com silicone para aquário sem bactericida, para garantir estabilidade. Como os peixes escavam, podem fazer as pedras desmoronarem. Isso pode causar sérios incômodos, caso elas esmaguem algum peixe ou até mesmo quebrem o vidro do aquário. Não use rochas mortas ou corais mortos nessas montagens: além de ficar esteticamente feio contribui para destruição dos recifes de corais de toda a parte do planeta.

Para manter o pH estável, existe uma alternativa muito eficiente: o uso de condicionadores de água. Eles são capazes de manter o pH estável com muito mais precisão e controle, basta dissolver na água do aquário e na água das TPAs. Existem marcas com produtos específicos para os 3 lagos, facilitando muito nossas vidas.

Aviso importante: na hora de habitar o aquário, deve ser feito com todos os peixes de uma vez. Se você for colocando aos poucos, os primeiros estabelecerão um território e perseguirão até a morte outros invasores. Se você já possui peixes e deseja comprar mais algum, uma solução prática é você trocar todas as pedras de lugar, assim os que já tem território definido ficam desorientados e não perseguirão tanto assim os novatos.

Uma curiosidade é que independente da espécie, todos esses ciclídeos estabelecem uma hierarquia, em que existe um peixe dominante e sucessivamente subalternos cada vez mais "fracos". Acontece que esses subaltenos estão sempre desafiando os superiores de sua escala: se perderem, continuam onde estão, se ganharem avançam um posto. E isso se perpetua indefinidamente, é muito interessante e educativo observar as disputas hierárquicas.

Existem também espécies em que a coloração do macho é distinta da fêmea e vice-versa quando adultos: Auratus, Saulosi, etc.

Inclusive, existem espécies que mudam de cor conforme seus "status"...

Ainda sobre comportamento, a maioria exige mais fêmeas do que machos, formando haréns de 2,3 até 6 fêmeas para cada macho. Existem espécies que só pode ter um macho no aquário. E nem outro peixe que tenha o padrão de coloração parecidos, do contrário será perseguido mesmo tratando-se de outra espécie. No caso do Kribensis, é a fêmea que procura o macho, corteja-o e luta por ele com outras fêmeas.

Concluindo, são espécies resistentes, coloridas, com padrões e formatos exóticos, únicas e que transmitem uma elegância sem igual. Numa infinita cartela de espécies, desde as que vivem em água livres até as que vivem em conchas (como os Shell Dwellers), dos pequenos de 3 cm até os gigantes de 90 cm. Dos vegetarianos aos herbívoros. Dos mansos até os mais agressivos, sempre terá aquele que chamará sua atenção.

Boa sorte com seus Ciclídeos Africanos!

Este um texto ilustrativo a fim de que algumas opções, entre as mais populares, quanto a montagens decorativas diversas, no que cerne a substratos, possam vir a serem empregadas, acordando com gostos, preferências, necessidades gerais em nossos aquários etc.

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